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Os Apócrifos São Inspirados por Deus?


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Os Apócrifos São Inspirados por Deus?

ManuscritosNagHammadi

MUITAS PESSOAS perguntam o por que da diferença entre a Bíblia católica e a Bíblia publicada pelas Testemunhas De Jeová, Novo Mundo. Sendo que a católica apresenta sete livros a mais. Bom, esses livros são chamados de apócrifos. Entre eles estão os livros de Tobias (ou Tobit), Judite, Sabedoria, Baruque, Eclesiástico (ou Sirácida), 1º e 2º dos Macabeus, além de fragmentos, como Éster 10:4 em diante, Daniel 3:24-90 inclusive os capítulos 13 e 14.

O Dicionário Aurélio diz sobre apócrifo: “Sem autenticidade, ou cuja autenticidade não se provou (obra)”. A palavra “apócrifos” vem do grego, Apokryphos, e significa “escondido”. Essa literatura foi produzida numa época de agitação religiosa e política na vida do judaísmo, entre 300 a.C. e 100 d.C. Os rabinos chamavam esses livros de “os de fora”, ou seja, fora do Cânon Sagrado dos judeus. Cirilo de Jerusalém seguiu esse mesmo pensamento, e substituiu o termo usado pelos rabinos por “apócrifos”. O livro Católicos Perguntam acrescenta que eles originalmente não eram lidos “nas assembleias bíblicas de culto, reservado à leitura particular. Em consequência, livro não canônico, não catalogado”. Por forte insistência dos padres católicos, estes livros ganharam aceitação entre os seus leigos (rebanho), ficando junto dos livros comprovadamente inspirados por Deus, isto é, canônicos.

Por incluir tais livros em sua Bíblia, o catolicismo diz o seguinte: “A razão é que o cânon judaico foi fixado aproximadamente no final do século I d.C., quando incluíram somente livros escritos em hebraico (ou parcialmente em aramaico), que foram considerados como datados em tempo não posterior a Esdras (século IV a.C.). Porém três séculos antes [do século I d.C.] os judeus no Egito traduziram os seus escritos ao grego, e esta coleção (chamada Os Setenta) inclui sete livros e algumas seções de outros livros que mais tarde foram rejeitados pelos rabinos na palestina”.

“Portanto, os judeus e os protestantes os chamam “apócrifos”, enquanto os católicos os chamam “deuterocanônicos”, ou seja, que pertencem ao 2.º cânon (grego) [estes são os citados acima]. Os primeiros cristãos usaram a tradução grega do antigo testamento; os católicos e os ortodoxos seguem esta tradição, aceitando, pois, estes livros “extras” como inspirados”. – Rev. R. A. F. Mackenzie.

Mas será mesmo que os cristãos usaram estes livros? Uma das principais evidências contra a canonicidade dos apócrifos é que nenhum dos escritores do evangelho citou tais livros, embora tenham, incluindo Jesus, citado vários livros canônicos. Sim, os rabinos no concilio judaico de Jâmnia (90 d.C.) excluíram do cânon hebraico todos eles. Importante que os católicos saibam que o próprio apóstolo Paulo, em Romanos 3:1,2, dá a clara especificação, a posição judaica, em se dar a necessária consideração. Sobre estar a favor da canonicidade destes escritos, porque podem ser encontrados em muitas cópias primitivas da Septuaginta grega (feita no Egito por volta de 280 a.C.) não prova nada a respeito, porque não existe cópia original dela. Muitos, talvez a maioria dos apócrifos, foram escritos depois do inicio do trabalho da tradução Septuaginta, e assim, obviamente, não constam da original lista de livros dos 70 (LXX). Assim, os judeus de língua grega de Alexandria, com o tempo, inseriram tais escritos apócrifos na Septuaginta grega.

Porém, o livro Católicos Perguntam argumenta: “Todavia, no século I da era cristã, deu-se um fato importante: Começaram a aparecer os livros cristãos (evangelhos), que se apresentavam como a continuação dos livros sagrados dos judeus. Estes, porém, não tendo aceito o cristo, trataram de impedir que se fizesse a aglutinação de livros judeus e livros cristãos. Por isso reuniram-se no sínodo de Jâmnia, ao sul da Palestina, por volta do ano 100 d.C., a fim de estabelecer as exigências que deveriam caracterizar os livros sagrados”.

Primeiramente, era sim vital que a autenticidade destes livros fossem questionadas no sínodo de Jâmnia, porque são apócrifos. Segundo, por ter os judeus rejeitado a Jesus como o Messias, não obscurece, neste caso, a avaliação feita destes livros, porque isso também interessava a eles e a sua própria religião. Não vem ao caso também a sua rejeição, neste ponto, ao Evangelho. Todos sabem que a religião judaica aceita somente o Pentateuco (os cinco livros de Moisés), e a discussão em voga, esta somente em torno das escrituras hebraicas e aramaicas e não das escrituras gregas cristãs.

Bom ressaltar que não vale a alegação do catolicismo, que algum nacionalismo judaico teria conspirado para rejeitar livros – embora já antes suspeitos – de entrar em seu uso nas antigas escrituras. O historiador Josefo do primeiro século expõe sobre esses livros apócrifos: “Não possuímos miríades de livros incoerentes, que discordam entre si”. E testemunha de fato, sua necessária exclusão: “Não foi considerada digna de credito igual aos registros anteriores, porque cessou a sucessão exata dos profetas”. É digno de nota que esses apócrifos não foram autorizados pelo espírito santo de Jeová. – 2Ped. 1:20,21; ver Apo. 22:18.

A Enciclopédia Estudo Perspicaz Das Escrituras, Vol. I, P. 153, fala sobre a evidencia interna contra a canonicidade destes escritos: “Falta-lhes completamente o elemento profético. Seu conteúdo e seu ensino às vezes contradizem os dos livros canônicos… Estão repletos de inexatidão históricas e geográficas… Mostram-se sob influência grega pagã”.

Então é normal que o povo de Jeová – durante os séculos – só venha a aceitar os protocanônicos. O Dicionário Católico Barsa comenta: “Protocanônicos, são os livros do antigo testamento, cuja inspiração nunca foi contestada, em oposição aos Deuterocanônicos”. E sobre os apócrifos, o mesmo dicionário admite: “Muitos [livros apócrifos] eram simples tentativa piedosas para suprir noticias sobre pontos que os livros canônicos silenciavam. Outros tinham tendência herética propondo ou justificando falsas doutrinas”. Agora a igreja católica passa a esclarecer suas reais intenções! O dicionário continua: “Apesar destes trabalhos não serem inspirados nem autênticos, mas espúrios, contêm muitas vezes uma literatura espiritual, verdadeira e útil”.

Alguém poderá pensar: por que algo espúrio é útil? O livro Católicos Perguntam sustenta: “Os apócrifos, embora tenham sido, durante séculos, tidos como desprezíveis portadores de lendas, são ultimamente reconhecidos como valiosos [para a igreja]”. Isto é, oferecem para os leitores coisas como os nomes dos pais de Maria, Joaquim e Ana, por exemplo. Mas será que é o único interesse do catolicismo romano?

A igreja católica envolvida até então com doutrinas filosóficas do paganismo grego, estava interessada em usar esses apócrifos para estabelecer, de uma vez por todas, o controle sob os povos. Uma dessas doutrinas pagãs é a “imortalidade da alma”. Sabedoria 3:2,4 diz sobre os mortos: “Aparentemente estão mortos… Seu desenlace é julgado como uma desgraça… a esperança deles era portadora de imortalidade”. Ali tenta explicar que a morte é uma ilusão, e que a ida do morto (como um fantasma) para o céu não é desgraça mas libertação, e que são todos portadores de imortalidade. Porém, a palavra inspirada de Deus diz o contrario. Note Eclesiastes 9:5,6: “Os mortos não sabem mais nada… [Seu] amor, ódio, ciúme, tudo já pereceu”. Aqui a Bíblia ensina claramente que os mortos ficam inconscientes. – Jo. 5:28,29; ver Sal. 115:17 heb.

A Bíblia Católica Teb, na sua introdução sobre Sabedoria insiste: “[Este livro] oferece uma resposta às perguntas angustiadas de Jó, ensinando que as almas virtuosas… gozam da tranquilidade perfeita junto a Deus”. No correto, isto esta em desacordo ao que diz o livro canônico de Jó. Veja: “Ah, se me escondesses no Sheol… Se me fixasses um prazo para de mim se lembrar” (Jó 14:13, Católica Teb). Jó já sabia no seu tempo que os servos de Deus, mortos, não iriam direto a Deus, mas permanecia no Sheol (ou Inferno), ou seja, no túmulo, para que no último dia fossem lembrados. – Jo. 5:28,29; Heb. 11:19,35.

Se o Inferno fosse de fogo, por que Jó orou para lá descansar? Ele fatigado pelo sofrimento que Satanás lhe impôs, orou para ir a sepultura (Sheol ou Inferno), onde voltaria ao pó. – Jó 17:1,15,16.

Outro erro promovido é este do capítulo 14:21 de Sabedoria: “Os homens, deram a pedra e a madeira o nome incomunicável”. Ora, sabemos que o nome de Jeová (ou Javé) era de fama (Êx. 9:16). E que o filho dele, Jesus, usou em toda a sua pregação (Jo. 17:6). Isto só ajudou a manter a superstição envolvendo o NOME do criador, pois a Bíblia católica e protestante (evangélica) tira criminosamente o nome de Deus, quase que totalmente – mais de 7.000 vezes! – Veja Apo. 22:19.

Mais: o livro de Sabedoria apresenta Salomão como autor (9:7,8,12). No entanto, o livro cita passagens de livros bíblicos escritos séculos depois da morte de Salomão (c. 998 a.C.), tirados, por incrível que pareça, da Septuaginta grega, feita só em 280 a.C.! No livro de Macabeus relata-se mais coisas estranhas. Em Macabeus 3:48, vemos a velha pratica da bibliomância, que consiste em abrir por acaso o livro para tirar a sorte da leitura na falta de um profeta – neste caso um rolo ou pergaminho. Praticado ainda hoje pelos católicos, mas de modo supersticioso – como presságio ou adivinhação.

Em 2º Macabeus 2:1-16, o relato apresenta Jeremias, por ocasião da destruição de Jerusalém, como levando o tabernáculo e a arca do pacto a uma caverna no monte onde Moisés viu a terra de Canaã. Porém, o tabernáculo havia sido substituído pelo templo uns 420 anos antes. No v. 8 deste capítulo, diz que a arca seria dada de volta aos santos para ser cultuada. Mas não é isso o que vemos no livro canônico de Jeremias. Note: “[Nos últimos dias] não mais dirão: “A arca de Jeovᔠnem se lembrarão dela, e nem sentirão sua falta, e não mais será feita”. – Jer. 3:16; Novo Mundo.

Vemos ainda praticas contrarias ao cristianismo, como: oração pelos mortos (2 Mac. 12:44-46). É claro que os mortos não precisam de oração, porque os mortos não poderão reagir positivamente nem negativamente as orações, pois estão “adormecidos na morte” (1Cor. 15:20,51,52). Também, vemos a aparição de Jeremias já morto (2 Mac. 15:13-16). Nisto consta o seguinte: os mortos não se comunicam mais com os vivos, Jeová envia seus anjos (mensageiros) para isto (Jo. 11:11; ver Apo. 1:1).
Macabeus é ótimo livro de historia judaica, mas péssimo livro para a fé cristã. Em fim, a falta de inspiração divina é admitida pelo seu próprio autor: “Finalizarei aqui a minha narração. Se ela está felizmente concebida e ordenada, era este o meu desejo. Se está imperfeita e medíocre, é que não pude fazer melhor”. – 2 Mac. 15:37,38.

O apócrifo de Tobias apresenta estranhamente uma arte mágica, por queimar fígado de peixe para expulsar o demônio (Tob. 6:19). Ao contrário, a vida cristã nos mostra que os demônios só saem com muitas orações (Mat. 6:13), não com fumaça, incensos ou defumadores (Tg 4:7). O relato diz que Tobias, na juventude, viu a revolta das tribos setentrionais em 997 a.C. (Tob. 1:4,5). Isto soma 257 anos a sua vida. Porém, Tobias 14:1-3, diz que ele morreu com 102 anos de idade. A introdução da Bíblia Católica Teb sobre o livro de Tobias diz: “Romance popular inspirado na tradição da sabedoria do mundo pagão circundante. . .”

Uma adição apócrifa a Daniel, correspondente ao capitulo 14, mostra Daniel matando um dragão por enfiar na sua boca uma bola de breu cozido com gordura e pêlos, e depois, o grande dragão “estourou e morreu” (v. 6). Logo após, uma turba pega e lança Daniel na cova dos leões por ter destruído o seu deus dragão. Ora, sabemos que Daniel foi para a cova por ter adorado a Jeová, mesmo por interdito do rei Dario (Dan. 6:7,8). Hoje, alguns católicos creem que realmente existiam dragões de verdade! No entanto, isto é mitologia e exagero lendário!

Outros apócrifos como Eclesiástico (não Eclesiastes) contradizendo uma declaração de Paulo em Romanos 5:12-19, que lança a responsabilidade pelo pecado sobre Adão, diz: “Foi pela mulher que começou o pecado, e é por causa dela que todos morremos” (25:33). O escritor prefere também “toda a malícia, não, porém, a malícia da mulher”. – 25:19.

Falando de Samuel diz: “Depois disso, adormeceu [morreu] e apareceu ao rei [Saul], mostrou-lhe seu fim próximo” (Eclesiástico 46:23). Já vimos que anjos de Jeová tem essa função, além disso, o profeta Samuel jurou, ainda vivo, não mais falar com Saul, e Jeová concordou (1Sam. 15:26,35). Foi Saul que contatou uma médium espírita, assim, foi ela que viu a aparição, não Saul (1Sam. 28:12). O espiritismo (necromancia) foi proibido por Jeová, então, é lógico, que a aparição era um demônio. – Deut. 18:10-12; 2Cor. 11:14.

O apócrifo de Baruc apresenta Baruc como estando em Babilônia (Ba. 1:1,2), ao passo que o registro bíblico mostra que foi para o Egito (Jer. 43:5-7). Contrário a profecia de Jeremias de que o exílio Babilônico duraria 70 anos (Jer. 25:11,12), Baruc 6:2 diz que os judeus ficariam em Babilônia por sete gerações, isto é, o tempo final seria assim superior aos 70 anos originais.

A Bíblia Católica Teb, na introdução a Baruc, diz: “Apresenta-se como se tivesse sido redigido por Baruc, “secretario” de Jeremias… Mas as numerosas discrepâncias… tornaram impossível a atribuição desta obra [a Baruc]”.

No de Judite, no primeiro capítulo, versículo 5, diz que Nabucodonosor foi rei em Níneve. Mas na verdade foi rei em Babilônia (Dan. 1:1). Níneve havia sido destruída anteriormente pelo seu pai, Nabopolassar.

Os mesmos métodos de investigação flagram outros apócrifos como: “As adições ao livro de Éster”, “O cântico dos três jovens” (Em Daniel), “Susana e os anciões” (Daniel 13). Todos estes apócrifos ou livros espúrios, contaminados com lendas e superstições, podem ser vistos na Tradução do Centro Bíblico Católico; a Bíblia Ave Maria.

A respeito da leitura destes livros – infelizmente aceitos pelo catolicismo como canônicos –, temos antes de tudo saber, se isto agrada a Jeová Deus. O verdadeiro seguidor de Jesus pode aproveitar alguns livros apócrifos para adquirir informações sobre cultura e historia judaica. Mas, importante repetir: não servem para elevar a verdadeira fé cristã!

Aqui fica um conselho de Jerônimo, dito como “o melhor perito no hebraico” da igreja primitiva, ao escrever a uma senhora, de nome Laeta, sobre a educação de sua filha, disse: “Todos os apócrifos devem ser evitados; mas se ela quiser lê-los, não para determinar a verdade de suas doutrinas, mas pelos seus maravilhosos contos, deve dar-lhe conta de que não foram escritos por aqueles a quem são atribuídos, que eles contêm muitos elementos falhos, e que requer grande perícia para achar ouro na lama”.

Assim, os argumentos do catolicismo romano são desonestos e corrompedores. Veja o que diz o livro Católicos Perguntam: “Martinho Lutero (1483-1546), querendo contestar a igreja, resolveu adotar o cânon dos judeus da Palestina, deixando de lado os sete livros deuterocanônicos [apócrifos] que a igreja recebera dos judeus de Alexandria. É esta a razão pela qual a Bíblia dos protestantes não tem os sete livros e os fragmentos que a Bíblia dos católicos inclui”. E passa a espalhar o erro de falsas doutrinas: “Para os católicos, os livros deuterocanônicos do Antigo Testamento são tão valiosos quanto os protocanônicos [catalogados]; são a Palavra de Deus inerrante…” Ora! São mesmo inerrantes?

Queremos que os leitores tirem suas próprias conclusões a respeito do óbvio! As Testemunhas de Jeová convida a todos a adorar a Deus em “espírito e verdade”. – Jo. 4:23,24.

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