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O Paraíso terreno foi para o céu?


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O Paraíso terreno foi para o céu?

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Me lembro certa vez que ao pregar a Bíblia nas ruas me deparei com um evangélico. Eu perguntei se ele acreditava que o Paraíso voltaria a ser na Terra. Ele rapidamente respondeu que acreditava que o paraíso não seria mais na Terra. Perguntei onde o paraíso poderia estar? Ele disse que deveria estar em algum lugar, provavelmente no céu! Resposta semelhante me deu um pastor evangélico quando perguntei sobre onde o Paraíso deveria estar. Porém, ele acrescentou um detalhe, que a Terra também teria sido o “primeiro céu”! Então, um Paraíso onde crescem árvores plantadas no solo e onde se abriga diversos animais poderia ter ido para o céu? E teria sido a Terra o primeiro céu?

Não para ambas as perguntas, a Terra é um lugar físico, o Céu, em contraste, é um lugar espiritual. Alguns pregadores da cristandade dizem que o Céu é uma “condição”, como se fosse um estado de espírito. Observe o que a Bíblia diz: “Assim diz Jeová: “Os céus são o meu trono, e a terra é o apoio para os meus pés. . .” Conversando com o pastor evangélico Raimundo Moraes de Alcântara Filho, ele me disse ser em tese “a terra o primeiro céu”, como se fosse o Éden de antigamente, e defendeu esta ideia de maneira categórica. Veja outro texto bíblico: “No princípio criou Deus os céus e a terra. A terra era sem forma e vazia. . .” (Gênesis 1:1,2, Almeida) Vemos que os céus, seja ele o físico ou o espiritual, foram criados antes do Paraíso terreno, pois esta terra era “sem forma e vazia”. A Terra sendo a morada dos homens, não pode ser considerada o “primeiro céu”, porque Deus habita no céu espiritual e este não pode ser físico ou material – “Deus é espírito”. – João 4:24.

Mas por que há tanto apoio teológico em ser a Terra “o primeiro céu”? Esta é uma tentativa de esconder um erro doutrinário das igrejas evangélicas. Teólogos tentaram sem sucesso resolver o que chamaram de “a controvérsia de subir aos céus”. Eles disseram que existe uma “pequena discrepância nos Evangelhos”. Estaria a Bíblia em contradição? Segundo esses pregadores, o texto de João 3:13 vem causando controvérsias. Ele diz: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem”. Dizem que o Evangelho de João que foi um dos últimos a ser escrito (entre os anos 90 e 95), afirmava positivamente que ninguém tinha subido ao céu, mas na tradição não só judaica como cristã, essa afirmação entraria em atrito com algumas revelações dos apóstolos e de outros escritos inspirados.

Mas aonde encontraram esta “discrepância”? Eles mesmos tentaram explicar e disseram: “As discrepâncias é que Paulo conhecia alguém que tinha subido aos céus em seu tempo”, e citam 2 Coríntios 12:2. O texto diz: “Conheço um homem em união com Cristo, o qual, há quatorze anos — quer no corpo, não sei, quer fora do corpo, não sei; Deus sabe — foi arrebatado como tal até o terceiro céu.” Para esses pregadores, quem foi arrebatado ao “terceiro céu” era um amigo de Paulo. Mas que amigo? Na verdade, se fosse outra pessoa a não ser ele mesmo, Paulo teria relatado. O apóstolo Paulo não falava ali sobre outro homem, mas sim sobre si mesmo, ao ter a descrita experiência extraordinária, como homem especialmente favorecido por Deus, se sentiu como “arrebatado”. Sua experiência era tão realística, que era como se estivesse ali no corpo físico, mas é razoável concluir-se que seu corpo físico ficou na Terra e que ele passou “por um transe”, e que aquilo que ouviu ele ouviu neste “transe”.

2 Coríntios 12:4 diz: “Que foi arrebatado ao paraíso, e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir.” (Almeida) Se esta experiência ocorreu quatorze anos antes de ele escrever sua segunda carta à congregação coríntia, então ocorreu por volta do ano 41 E.C., que foi antes de sua primeira viagem missionária com Barnabé, a qual se deu por volta de 47/48 E.C. Quando diz “e ouviu palavras inefáveis” o apóstolo não especificou se aquilo que ouviu foi no idioma hebraico ou grego, línguas que conhecia, ou em outra língua estranha que não podia ser traduzida para uma língua humana conhecida. Por esta razão ele disse “as quais não são lícitas ao homem falar.” – Novo Mundo.

Então, o “terceiro céu” mencionado por Paulo seria, como é pra muitos evangélicos e católicos, o Paraíso terreno levado ao céu? Não. O “terceiro céu” indicaria a altura da elevação da espiritualidade de Paulo, a qualidade enaltecida dessa experiência. Por este motivo, não o familiarizou com as coisas nos céus das pessoas espirituais no mesmo sentido em que Jesus Cristo, que desceu do céu, e retornou aos céus espirituais, está familiarizado com as invisíveis coisas celestiais. Portanto, ser ele arrebatado para o “terceiro céu” indicaria uma elevação espiritual através da sua relação com o divino. Paulo foi enaltecido acima da posição espiritual de seus concristãos. Sem dúvida, deu-lhe perspicácia tal como não tinha antes, e isto se evidenciaria na sua maneira de falar e escrever.

Confundindo estas passagens bíblicas com as suas teologias desencontras e ensinos atrapalhados, esses evangelizadores também dizem que João para escrever o livro de Apocalipse foi “inspirado em espírito”, e por isso também foi “arrebatado” em corpo físico a um Paraíso no céu. (Leia Apocalipse 1:10) Então, Paulo e João subiram aos céus em corpo físico? Não! 1 Coríntios 15:50 diz: “Digo isso, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus, nem pode a corrupção herdar a incorrupção.” O evangelista João não foi “arrebatado” ao Paraíso, ele foi posto em “êxtase”. E também não há qualquer indicação de que o apóstolo Paulo visse símbolos de coisas nos céus espirituais, invisíveis, do modo como o apóstolo João os viu em êxtase, a respeito das quais João nos dá uma descrição em Apocalipse capítulo quatro.

De modo que é muito improvável que o apóstolo Paulo fosse arrebatado para o “paraíso de Deus”, para ver sua “árvore da vida” em corpo físico. Lemos em Apocalipse 2:7: “Quem tem ouvido ouça o que o espírito diz às congregações: Àquele que vencer concederei comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus.” Por isso que, quanto a Paulo ser arrebatado para o “paraíso”, está deste modo associado com o “terceiro céu” somente. E isso sugere algo espiritual, sem dúvida. Mas não indica que o “paraíso” para o qual Paulo foi arrebatado fosse o “paraíso terreno” transferido para os céus, como prega a cristandade apóstata. Católicos, por exemplo, criaram a lenda do “São Pedro” como Porteiro do Céu. E é comum ouvirmos pastores evangélicos dizendo que Deus os arrebatou a um “paraíso no céu” para visitar Deus pessoalmente. Ideia fantasiosa. Por isso, este “paraíso de Deus” é figurativo, nos céus espirituais, invisíveis, nos quais carne e sangue não podem entrar.

Mas onde esta o paraíso original? Um evangélico de nome Luis disse certa vez pra mim: “O paraíso, se ele não foi transferido para o céu, deve estar em algum lugar”. O que aconteceu àquele Paraíso do primeiro casal humano? Mais de dezesseis séculos depois da expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden, um Dilúvio global cobriu toda a Terra destruindo o Jardim guardado por dois querubins com uma espada chamejante, e é claro, estes querubins subiram depois de volta ao céu a suas posições. (Gênesis 3:24) Mas Jesus não levou o bom ladrão que fora pregado junto com ele no mesmo dia ao Paraíso como descrito em Lucas 23:43? A Bíblia não concorda com o conceito de que Jesus e o ladrão tenham ido para o céu no dia em que Jesus lhe falou, ou seja, no mesmo dia. Jesus havia predito que, após ser morto, não ressuscitaria senão no ‘terceiro dia’. (Lucas 9:22) Durante esse período de três dias ele não estava no céu, pois após a sua ressurreição ele disse a Maria Madalena: “Ainda não ascendi para junto do Pai.” – João 20:17.

Sim, o Paraíso original foi destruído no Dilúvio, e este será feito novamente na Terra. E o que aconteceu com Elias, não subiu aos céus? Lembremos: João 3:13 diz que “ninguém subiu ao céu”, e a Terra não é o “primeiro céu” pra servir como desculpa doutrinária para impostores religiosos! Quais, então, eram os “céus” a que Elias foi levado pelo vendaval? Eram os céus físicos, a atmosfera, a “expansão”, também chamada “Céu”, em Gênesis 1:6-8. Um vendaval só podia existir nesta expansão atmosférica, e não no domínio espiritual da presença celeste de Jeová. Elias foi levado pelo vendaval desaparecendo da vista de Eliseu. Levado pra onde, pro seio de Abraão? Não. Elias estava vivo e ativo como profeta pelo menos cinco anos depois disso no território de Judá. A Bíblia nos diz: “Por fim chegou a Jeorão, rei de Judá um escrito da parte de Elias o profeta.” A carta predizia a morte de Jeorão, devido a seu proceder idólatra. (2 Crô. 21:12-15) “Arrebatamento” semelhante ocorreu com Felipe, quando foi transportado para Asdode (Azoto). – Veja Atos 8:27-40.

Mas o que dizer da tradição judaica sobre os estágios hierárquicos dos céus? Esta ideia foi aceita e depois reformulada por professos cristãos usando o texto de 2 Coríntios 12:2. Ao passo que alguns relacionam a referência de Paulo ao “terceiro céu” com o primitivo conceito rabínico de que havia estágios de céus, no total de “Sete Céus”, este conceito não encontra nenhum apoio nas Escrituras. Os céus não são mencionados especificamente como divididos em plataformas ou estágios. E o “Seio de Abraão”, não é onde os fiéis mortos são levados? Eles usam a Parábola do Rico e Lázaro para dizer que os mortos continuam vivos. Eclesiastes 9:5 diz: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma . . . mas a sua memória fica entregue ao esquecimento.” A parábola encontrada em Lucas 16:19-31 seria para eles uma subdivisão dos céus. Dizem que há um lugar de fogo, um abismo no meio (ou limbo), e depois o céu.

Se Elias foi para o céu, como dizem, por que não foi visto junto de Lázaro? Se não fosse somente uma parábola a Bíblia estaria em contradição! Para o Dicionário Léxico, parábola é uma “alegoria”, e para o Dicionário Web, alegoria é uma “exposição de uma ideia, sob forma figurada”. Assim, conforme descrito como parábola, deve ser entendido como simbólico. Lázaro representa o povo judeu desprezado pelos lideres ricos farisaicos, e, estar no “Seio de Abraão”, quer dizer que o mendigo terá a mesma sorte de Abraão, uma bela ressurreição, ou ressurgir da morte para a vida. (João 5:28) Além disso, em Lucas 16:24 aparece o rico suplicando uma gota de água a Abraão para matar a sede. Se o rico esta em meio a chamas ardentes, a água aderente à ponta do dedo de Lázaro não se evaporaria com o fogo e extremo calor? É nítido que é somente uma alegoria e nada a mais.

E Enoque, o que aconteceu a ele, não foi também para os céus? Pregadores sabendo do texto de João 3:13 saíram desesperados em canais de televisão dizendo que existe um meio-céu, uma espécie de limbo espiritual – segundo eles –, onde Enoque pode ficar “perto de Deus”. Outros como o pastor Raimundo Moraes de Alcântara Filho defendem a Terra como o “primeiro céu” para disfarçar a doutrina. Mas Jesus foi claro, “nenhum homem ascendeu”. Ir ao céu ou ao meio-céu é “subir” nesta mesma concepção, portanto, é falso ensino! E Moisés, por que não foi também ao céu? Deuteronômio 34:5, 6 diz: “Morreu ali [Moisés] na terra de Moabe. . . [Jeová] passou a enterrá-lo no vale da terra de Moabe. . . e até o dia de hoje ninguém soube do seu sepulcro”. Se “nenhum homem ascendeu ao céu”, como Moisés poderia ter ido pra lá? A resposta é clara, ‘Moisés morreu’, e Deus ocultou seu corpo.

Enoque assim como Moisés aguardam a ressurreição dos mortos. Observe em João 11:23, 24 a conversa entre Jesus e Marta a respeito dos mortos: “Jesus disse-lhe: “Teu irmão se levantará. ”Marta disse-lhe: “Sei que ele se levantará na ressurreição, NO ÚLTIMO DIA.” Jesus não a censurou, apenas disse: “Eu sou a ressurreição e a vida.” (Versículo 25, o destaque é meu) Embora Deus tenha criado os humanos para viverem num Paraíso terrestre, a maior parte das pessoas religiosas acreditam que o único paraíso que se pode usufruir será no céu. Mas como observamos, este paraíso desapareceu no Dilúvio e não foi transferido para “as nuvens”. O pesquisador D. D. Whedon, explica: “O nome [Paraíso] foi transferido pela Igreja Judaica [do Paraíso original no Éden] para o setor abençoado do Hades [sepultura], ou o estado intermediário entre a morte e a ressurreição.” (Os colchetes são meus) Se aproveitando disso, católicos e evangélicos forçaram a interpretação dizendo ser o “Seio de Abraão” um “estágio pré-céu” antes de irem a presença de Deus. Mas isto não é bíblico.

Sabendo que a cristandade no geral também acredita que o Paraíso é um setor abençoado do Hades, perguntamos: tratava-se de uma morada temporária para as ‘almas dos justos falecidos’, uma parte do Hades? “Com a infiltração da doutrina g[rega] da imortalidade da alma, o paraíso se torna o lugar de morada dos justos durante o estado intermediário.” (The New International Dictionary of New Testament Theology, 1976, editado por Colin Brown, Vol. 2, p. 761) Pelo visto, esse é um conceito que se originou dos instrutores judaicos; que depois acabou contaminando os ensinos da cristandade. Certamente não é algo ensinado nas sagradas Escrituras Hebraicas. Observe o que se fala sobre esses “Sete Céus”, segundo o pesquisador judeu David Zumerkorn:

  • Primeiro Céu: 1– Vilon, Shamaim ou Yeriot – (Cortina ou Tenda): Lá se encontra a Arca do Pacto celestial que ilumina o mundo.
  • Segundo Céu: 2– Rakiá – (Firmamento ou Expansão): Em Rakiá o sol, a lua, as estrelas e as constelações onde estão suspensos.
  • Terceiro Céu: 3– Shechakim – (Pulverizadores ou Nuvens): O nome Shechakim, derivada raiz “li Shechok” – para moer. Neste Céu, o maná é triturado no moinho de pedras, o qual é preparado para os tsadikim (justos).
  • Quarto Céu: 4– Zevul – (Templo – Casa): Neste Céu, encontra-se o altar do Templo Sagrado da Yerushalaim (Jerusalém) celestial.
  • Quinto Céu: 5– Maon – (Habitação – Morada): É uma habitação para multidões de anjos.
  • Sexto Céu: 6– Machon ou Shmei ha Shamaim (Habitação ou Fundação): Machon encontra-se abaixo do Kissê HaKavod  (Trono de Esplendor) do Eterno.
  • Sétimo Céu: 7– Aravot – (Salgueiros ou Janelas): É o mais elevado de todos os Céus. Encontram-se nele os tesouros da vida, da paz e da bênção, além do Bem da Justiça e a Caridade.

Nota: Os sete céus do judaísmo não têm somente uma explicação, pois daqui pra frente misturam-se conceitos místicos como a Cabalá, por exemplo, que se assemelha a adivinhação.

Vamos raciocinar: poderia uma profecia tal qual de Isaías 65:21-24 se cumprir no céu? Note: “E hão de construir casas e as ocuparão; e hão de plantar vinhedos e comer os seus frutos. . . Não labutarão em vão, nem darão à luz para perturbação. . . E há de acontecer que antes que clamem, eu mesmo responderei; enquanto ainda estiverem falando, eu mesmo ouvirei.” Moradia para todos, alimentos em abundância, promessa de vida eterna e proteção Divina numa terra paradisíaca perfeita. É o que o coração do homem sempre desejou! Falsos pastores abusando da fé das pessoas, assim como se vende hoje terrenos na Lua, pregam que todos vão morar no céu para apoiar suas carreiras. Mateus 24:11, diz: “Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos”. – Almeida.

Por que dizem as Testemunhas de Jeová que haverá um futuro Paraíso na Terra, uma vez que 2 Coríntios 12:1-4 liga o “paraíso” ao “terceiro céu”? O contexto indica que o “paraíso” mencionado em 2 Coríntios 12:1-4 não é um paraíso físico da terra que teria sido transferido para cima. Entretanto, muitas passagens da Bíblia provam que Deus restabelecerá um Paraíso literal à nossa Terra física. Há numerosas provas na Bíblia de que esse é o conceito correto, de que a vontade de Deus ainda será realizada “como no céus assim também na terra”. (Mateus 6:10; veja Apocalipse 21:4,5) O propósito original de Deus para os humanos era vida infindável num Paraíso na Terra, e o propósito de Deus não pode falhar ou ser frustrado. – Gênesis 1:29,30.

 “Assim acontece à palavra que minha boca profere: não volta sem ter produzido seu efeito, sem ter executado minha vontade e cumprido sua missão.” – Isaías 55:11, Bíblia Ave Maria.

O teólogo protestante Odalberto Domingos Casonatto disse: “Quando falamos em terceiro céu supõe-se que existem outros dois céus, o primeiro, e o segundo céu.” Mas não são todos que acreditam somente em “três céus” hierárquicos. O Pastor evangélico Carlos Kleber Maia, envolvido na superstição dos “Sete Céus”, escreveu:

1 – O primeiro, visível para o homem, não tem função exceto a de encobrir a luz durante a noite, e por isso desaparece a cada manhã.

2 – O segundo, os planetas estão presos ao segundo céu.

3 – No terceiro o maná é fabricado para os piedosos no porvir.

4 – O quarto contém a Jerusalém celestial juntamente com o Templo, no qual Miguel ministra como sumo sacerdote.

5 – No quinto céu residem as hostes de anjos.

6 – O sexto céu é um lugar sinistro; ali se originam a maior parte das provações e visitações ordenadas para a terra e seus habitantes. Empilhados naquele lugar estão neve e granizo; há sótãos cheios de orvalho nocivo, armazéns abarrotados de tempestades e porões que comportam reservas de fumaça.

7 – O sétimo céu onde se encontra o Trono Divino.

Mas por que tanto desejo em contradizer as Escrituras Sagradas? Como foi dito, a primeira intenção é fazer carreira, já que pastores e clérigos buscam nisso seu meio de vida. A Bíblia ao contrário diz: “De graça recebestes, de graça dai.” (Mateus 10:8) Depois de examinamos o contexto, torna-se evidente que o apóstolo não se referiu aos céus dentro da camada atmosférica da terra ou ao espaço sideral. A revista A Sentinela[1] citou: “Assim, o paraíso visto em visão pelo apóstolo Paulo poderia referir-se a um estado espiritual entre o povo de Deus, assim como no caso do Israel carnal. Isto se pode ver por ser a congregação cristã também o “campo de Deus em lavoura”, seu vinhedo espiritual, arraigado em Jesus Cristo e dando fruto para o louvor de Deus. (1 Cor. 3:9; João 15:1-8) Como tal, havia substituído a nação de Israel no favor de Deus. — veja Mateus 21:33-43.

“A visão de Paulo, porém, logicamente se deve ter aplicado a algum tempo futuro. Havia de começar uma apostasia entre a congregação cristã, que já operava nos dias de Paulo e que resultaria numa condição similar à de um campo semeado com Joio. (Mat. 13:24-30, 36-43; Atos 20:29; 2 Tes. 2:3, 7; veja Hebreus 6:7, 8.) Por isso, é razoável que a visão paradísica de Paulo não se podia aplicar enquanto isto não acontecesse. Antes, relacionar-se-ia evidentemente com o tempo da “época da colheita”, em que os cristãos genuínos seriam ajuntados pelos ceifadores angélicos e usufruiriam ricas bênçãos e prosperidade espiritual da parte de Deus.

“Os seguidores ungidos das pisadas de Jesus Cristo, atualmente vivos, usufruem deveras um paraíso espiritual, conforme se pode observar na prosperidade espiritual agora evidente entre eles. De fato, a prosperidade espiritual hoje existente sob o reino estabelecido de Deus é mais gloriosa do que a usufruída nos dias apostólicos, no período inicial do cristianismo. Hoje participam na prosperidade espiritual os da “grande multidão” de “outras ovelhas”, que aguardam usufruir um paraíso literal aqui na terra, no futuro próximo. — Rev. 21:1-4.”

[1] A Sentinela, 1 de setembro de 1971, pp. 543, 544.

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Fernando O Cézar

 

 

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